domingo, 27 de março de 2011

Sing-- Cante para que eu possa dormir

Sempre que eu olho para a paisagem do outro lado da janela, eu me lembro de quando eu conseguia sair, de quando eu conseguia correr por ai.Eu sou Sing, e tudo mudou em minha vida, quando eu conheci aquela pessoa, tive que me trancar dentro de casa, digamos que fui amaldiçoada, não sei ao certo, mas o que sei, é que se eu saio de casa, tudo começa a sumir, se eu atravesso a porta da minah casa, tudo começa a se desfazer, e ficar escuro, e eu fico sozinha... de novo.

A única coisa que faço o tempo todo, é cantar.Minha mãe já não vive mais aqui, meu pai nunca existiu.Quando eu canto consigo sentir alguém perto de mim, alguém que não consigo enxergar direito, mas que sei que está lá.O problema é que não consigo saber se é amigo, ou inimigo, pois toda vez que sinto ele se aproximando, sinto também uma presença horrivel, como se algo estivesse vindo em minha direção com toda força. Algo que esqueci de dizer é que toda vez que alguém chega perto da minha casa, normalmente crianças fazendo brincadeiras dizendo que a casa é mau assombrada, não conseguem me enxergar pela janela, mesmo que eu as encare diretamente, é como se eu não existisse.


Ninguém sabe realmente como é ficar sozinho desse jeito, como se não existisse, talvez seja por isso que eu ainda não acabei com a minha vida, porque no fundo, não ia fazer diferença nenhuma, sempre me ensinaram que depois dessa vida, não existe nada, só solidão. Afinal, eu não sei nem mais quantos anos eu tenho, sempre, desde que eu conheci aquela pessoa, eu aparento ter a mesma idade, afinal, o que eu fiz de errado para merecer isso?


A pessoa de quem eu sempre falo, foi alguém que eu na verdade nem conheço, só lembro de como estava vestido, era um sobretudo preto, eu não consegui enxergar direito o resto dele, mas ele parecia ser um homem, um homem bem alto e atlético, mas é só disso que consigo me lembrar. Lá estava eu, entrando na minha casa, quando fui abordada por esse homem, eu achei q ele ia me machucar, mas não foi o que aconteceu, ele apenas se aproximou de mim e susurrou palavras que eu não consigo me lembrar quais eram, só consigo lembrar de depois dele ter dito aquelas palavras eu não consegui mais sair de casa, adormeci, e quando acordei eu estava sozinha, sozinha de verdade.



Até hoje eu nunca consegui contar minha história para ninguém, isso por motivos óbvios já mencionados, mas de alguma forma, eu consigo contar ela para você, mesmo que eu já não esteja mais em seu mundo, minhas palavras e pensamentos conseguem te alcançar de alguma forma. Por isso vou te contar como foram meus últimos dias em seu mundo.



Era um dia comum e solitário como todos os outros, sem nada para fazer, além de ficar olhando para a rua, e cantar, cantar na esperança de alguém escutar, e comecei a cantar.Por incrivel que pareça, a pessoa que vejo em meus pensamentos quando canto, não apareceu hoje em minha mente, mas foi quando olhei pela janela e vi alguém se aproximando da minha casa, mas ele não estava se aproximando como os outros sempre fazem, era como, era como se ele estivesse me escutando, e vindo em minha direção. Então comecei a cantar mais forte para que ele pudesse me escutar, foi quando ele me viu pela janela, se aproximou e olhou nos meus olhos.Foi quando eu pensei que ele estava me vendo, mas na verdade percebi que ele não conseguia me ver, apenar escutar a minha voz.


Depois de tantos anos, finalmente alguém podia me ouvir, eu não estava mais tão sozinha, aquilo foi a coisa mais íncrivel que me aconteceu nos últimos anos, a felicidade que eu sentia fazia com que eu cantasse mais e mais, na esperança de fazer com que ele conseguisse me ver. Então ele abriu a porta da minha casa, mas não conseguiu entrar, foi então que eu descobri que funcionava para os dois lados, o de fora ficaria totalmente sozinho e no escuro em minha casa, tanto como eu ficaria sozinha e no escuro do lado de fora. Mas ainda assim, ele podia me escutar. Mesmo que não conseguisse atravessar a porta, eu ainda poderia falar com ele.


-Olá!- eu disse com a maior alegria.


-Como asim!? Quem está ai? Como eu posso te escutar e não te ver? Você é a voz que esteve cantando em minha cabeça todos esses anos?- Disse aquele homem com tanto pavor e ainda assim curiosidade em sua voz.


-Bom, ao que tudo indica, sim, eu venho cantado todos esses anos para você.


-E porque eu não consigo entrar na sua casa? é como se alguma força estivesse me empurrando, e não me deixa entrar!- Disse ele, aparentemente em um tom meio triste, e de decepção.


-Eu também não posso sair, senão eu me perco no vazio que é o seu mundo, mas afinal, como me achou?


-Depois de todos esses anos sentindo você, eu fui guiado até aqui, não lembro como, mas cheguei até aqui.Ah, desculpe! Meu nome é Nix, é eu sei, um nome estranho, mas vamos dizer que meus pais gostavam de mitologia.


Desde aquele momento, Nix vinha me visitar todos os dias, conversavamos o tempo todo, e eu percebi que eu não estava mais sozinha, percebi que tinha alguém com quem viver, foram os dias mais felizes de toda a minha vida. Finalmente au havia achado a pessoa que vagava a minha mente sempre que eu cantava, e eu sempre cantava para o Nix, até o dia em que ele não veio mais, e eu não sabia o que tinha acontecido.


Passaram-se tantos dias, e eu nunca mais o vi, comecei a me sentir sozinha de novo, então comecei a cantar a todo momento para ver se conseguia achá-lo, mas nao consegui, é como se ele tivesse sumido. Mas então, em uma noite, a noite mais escura de todas, quando comecei a cantar, eu senti o Nix, senti que ele não estava bem. Era como se algo tivesse acontecido com ele, algo grave, mas eu não podia fazer nada, afinal, o quão util pode ser alguém que não consegue sair de casa, nem falar com ninguém?


Olhei pela janela e vi dois seres, o que não parecia real, mas era o que de mais real eu já presenciei  em toda minha vida devidamente solitária.Era um ser que brilhava um brilho intenso, trazia nele mais vida do que o universo, possuía asas que não pareciam asas, que carregavam penas que não pareciam penas, era mais como um véu, abrigando a mais doce criatura.Eu não sabia o que era, nem ao menos estava vindo em minha direção.Mas o que mais me impressionou é que aquele ser estava brincando, isso mesmo, brincando, fazendo travessuras com um outro ser, um ser completamente diferente, pois era negro.Eu fazia um tremendo esforço para enxergá-lo na escuridão da noite.Ele parecia levar em si, toda a escuridão do mundo, não passava vida, e sim morte, não felicidade, e sim destino.Ele tinha asas que não pareciam asas, penas que não pareciam penas, era como um véu, abrigando a mais temível e triste das criaturas.As duas criaturas pareciam brincar como amantes, inocentes e felizes.E foi então que escurei a melodia mais doce vindo daquelas duas criaturas, e comecei a cantar com toda a minha força junto com eles. Tudo em volta começou a girar, quanto mais eu cantava mais rápido ficava, eu estava apavorada, mas eu precisava fazer aquilo pelo Nix... E lá estava eu, fora de casa, olhei em volta, e vi que eu estava em um quarto de hospital.


Eu sabia que não havia muito tmepo restando, eu precisava ajudar o Nix, mas onde será que ele está? Foi quando olhei para a cama do quarto de hospital, e ali estava ele, aparentemente a beira da morte.


-Então foi por isso!- disse eu, olhando com meus olhos tristes e lacrimejantes na frente da cama de Nix- Por isso que você conseguia me enxergar, porque você também estava preso a algum lugar, aquele não era seu corpo e sim seu espirito não é verdade? Por que você nunca me disse isso?


Comecei a ficar desesperada, eu não sabia mais o que fazer, não havia mais tempo, eu tinha que ajuda-lo, mesmo que isso custasse a minha vida, ele me proporcionou os momentos mais felizes que eu já tive, eu não estava mais sozinha, e eu não quero que ele fique sozinho.Mas o que posso fazer?


Foi então que eu lembrei, eu lembrei das palavras daquele homem, o homem que mudou a minha vida, e me proibiu eternamente de sair de casa, agora lembro das palavras dele, que foram:


-E cada um terá seu fim no fim, não adianta fugir do fim, o fim sempre é o fim.E é pela sua voz que você encontrará o seu, chegará o momento que você terá que cantar para dar vida àquilo que você mais amou na sua vida, quando esse momento chegar, você vai cantar, vai cantar até não conseguir mais, até você dormir para sempre, enquanto aquilo que você salvou terá o que direito que você nunca teve, o de não viver sozinho.Sua solidão finalmente acabou, cante como se fosse viver, e de essa vida para quem você quer que seja feliz.

Foi então que comecei a cantar, a cantar, e cantar, pois eu sentia que aquilo era o que eu deveria fazer, eu deveria mudar o destino de alguém, mesmo se eu chegasse ao meu fim.Comecei a cantar, e percebi que um sinal que nunca tinha visto antes em meu corpo, começou a brilhar, era como se fosse uma clave, uma clave do Sol que eu sempre almejei pela janela. E magicamente ela começou a passar para o Nix, ele abriu os olhos, e eu vi que eu não precisava mais cantar.Ele percebeu que eu estava indo, mesmo que não pudesse me ver, ele me sentia, ainda me sentia.


E eu vi as lágrimas escorrando dos olhos dele, e ele perguntando o porque de eu ter feito aquilo, ele disse que nunca seria feliz sem mim.Por que apesar de sór ter me visto em meus sonhos, ele me amava, então eu encostei minha boca nos ouvidos dele, e pedi para ele cantar junto comigo, enquanto eu ia embora.E começamos a cantar, a cada momento eu ia me desfazendo e sentindo que algo me aguardava, e eu sabia que ele ia ser feliz, eu sabia... Então no último momento sussurei em seus ouvidos: "Sempre que você cantar, eu vou estar mais perto de você, canta para que eu possa descansar, não tente me trazer de volta, não se sinta mal por mim, quero que você saiba que em uma cela escura no meu coração, eu me sinto tão feliz por ir, tão aliviada... Obrigado por cantar comigo, e viva a vida que eu nunca pude.


...Adeus Nix, adeus você, estou indo agora, não sei para onde, mas agora sinto o que é ter alguém, mesmo que eu esteja sozinha agora, eu sei o que pe ter alguém... Meu nome é Sing, e agora estou indo para algum lugar... Obrigado você, agora cante, para que eu possa dormir.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Anne- A figura tatuada das asas...

Uma garota devidamente comum, em uma cidade devidamente comum, vivendo uma vida devidamente comum.Essa era Anne, 18 anos, cabelos curtos e negros, e sem nenhuma liberdade.Mas ninguém pode por a culpa nessa pobre garota(era assim que todos pensavam).
Anne foi abandonada na frente da pequena igreja, na pequena cidade, no pequeno país.Todos tinham pena dela.Depois de 18 longos tediosos anos, Anne finalmente tem idade para sair dessa cidade chata em que vive, mas toda vez que ela tenta sair, algo a arrasta de volta.


Anne adorava se olhar no espelho, com seu corpo alto e atlético-algo que a intrigou sempre, visto que ela não praticava exercícios- Mas como na vida de Anne, sempre algo de misterioso parecia acompanhar ela, lá estava mais uma prova desses mistérios, ali.Bem ali, em suas costas, uma tatuagem  intrigante e esquisita, é, lá mesmo, ali Anne, não pare de olhar.


Anne se lembra dessa tatuagem, ou melhor, o espelho sempre lembra ela dessa tatuagem.E foi no espelho do orfanato onde cresceu que Anne sempre tinha essa visão, nunca fizera uma tatuagem, não que se lembrasse.Pelo que Anne sabe, sempre teve essa tatuagem em suas costas.Ok, devo entregar, o problema não era a tatuagem em si, mas sim o que a tatuagem fazia.A cada ano que passava, a cada ano que Anne passava naquele lugar, digasse de passagem "aprisionada", a tatuagem crescia mais um pouco.Com 18 anos a tatuagem já alcançava as belas nádegas de Anne.E Anne simplesmente sabia que havia algo de errado.


De fato, todos sabiam... Crianças de orfanato não são muito de guardar segredos.Anne só tinha uma amiga, seu nome é Sanders.Ah, Sanders sempre chamou mais atenção que Anne.Mesmo quando não queria, parecia que algo sempre atraía as pessoas ao redor de Sanders.Talvez fosse seu lindo cabelo dourado, seu corpo musical, que tocava notas que nem o mais astuto músico conseguia definir.Mas algo sempre hipnotizava as pessoas ao redor de Sanders.


Anne nunca vai esquecer do dia que sua melhor(única) amiga foi embora.Ah, e Sanders sempre levava um livro com ela, bem, ela dizia ser um livro mágico, que continha profecias de todas as pessoas na Terra.Claro que Anne nunca acreditou nisso, apesar de suas asas, ela sempre foi muito cética.Mas foi naquele dia que Anne escutou o que queria(não queria), foi no dia em que Sanders foi embora.


Lá estava Sanders, no lugar em que elas sempre se encontravam para brincar(quando criança), para contar mágoas(quando adolescentes), e agora para se despedir(como adultas).Era no topo de uma montanha, "A montanha do destino", como elas costumavam chamar, pois Sanders dizia que ali, tudo começava, e tudo terminava.Quando o Sol se encontrava com o horizonte, quando a montanha se escureceria, tudo que acontecesse ali, teria um propósito.


Sanders olhava para o horizonte.Pensativa, quase em transe.Anne subia a montanha, angustiada por ter que se despedir da única coisa emocionante, em que realmente havia acreditado em toda sua vida.As lágrimas depositavam-se nos cantos de seus olhos, querendo sair, mas Anne não deixaria, tinha que ser forte, se não por ela mesma, que fosse por Sanders.


Sabia que aquela seria a despedida.Então Sanders, fitando o horizonte, disse, como se estivesse em um transe profundo.Com seus olhos, de uma cor diferente, eles brilhavam em um roxo intenso, a sua janela da alma mudara, e sua alma também.Então foram com essas palavras que Sanders se despediu:


-Pode não parecer, mas o fim está próximo, e não sei de qual fim será o fim.Mas sei que no fim, cada um teria um fim -Anne não entendia nada do que Sanders dizia, não fazia sentido para ela- Cada um preenche seu destino, e no final todos se encontram, antes do fim, você teria um fim, que levaria a um fim.


E foi com essas últimas palavras que Sanders se despediu, e até hoje Anne não sabe para onde ela foi, só lembra de ter visto Sanders se jogando da montanha do destino, e sumindo entre as árvores... O corpo de Sanders nunca foi encontrado.


Anne sabia que algo estava diferente, queria ir embora, mas não sabia como.Alguns meses já haviam passado desde a "morte" de Sanders.E as asas em suas costas pareciam crescer mais e mais.Estava começando a ficar aterrorizada.Não sabia a quem pedir ajuda.Só sabia que as palavras de Sanders começavam a fazer sentido, não para o caro leitor, mas sim para Anne.


E ela voltava para seu apartamento alugado, quando viu o que queria(não queria).Lá estava, bem no canto mais escuro da rua, onde ela não conseguia enxergar direito.Era talvez um homem, um homem em um sobretudo, era simplesmente aterrorizante, ele parecia não tirar os olhos de Anne.Porém não se movia, nada dizia, apenas ficava lá, parado, olhando.


Anne escutou um barulho vindo de cima, sim, do céu.O que não parecia real, mas era o que de mais real Anne vivera em toda sua vida devidamente comum.Era um ser que brilhava um brilho intenso, trazia nele mais vida do que o universo, possuía asas que não pareciam asas, que carregavam penas que não pareciam penas, era mais como um véu, abrigando a mais doce criatura.Anne não sabia o que era, nem ao menos estava vindo em sua direção.Mas o que mais impressionara Anne é que aquele ser estava brincando, isso mesmo, brincando, fazendo travessuras com um outro ser, um ser completamente diferente, pois era negro.Anne fazia um tremendo esforço para enxergá-lo na escuridão da noite.Ele parecia levar em si, toda a escuridão do mundo, não passava vida, e sim morte, não felicidade, e sim destino.Ele tinha asas que não pareciam asas, penas que não pareciam penas, era como um véu, abrigando a mais temível e triste das criaturas.As duas criaturas pareciam brincar como amantes, inocentes e felizes.


De alguma forma, enquanto Anne observava aquelas criaturas se afastando, em direção ao horizonte, ela se sentia mais tranquila.Aquelas criaturas carregavam a paz que ela precisava, a paz para seguir seu destino.Sabia o que tinha que fazer, iria embora no dia seguinte, junto com o Sol brilhando no céu, iria viver sua vida intensamente, iria buscar sua felicidade.Procuraria Sanders em seus sonhos para sempre, seria feliz pelas duas.Essa felicidade liberava algo que Anne não conhecia, acho que a felicidade liberava mais felicidade.Tudo parecia estar bem.Finalmente estava feliz.Só não sabia o que o mundo aguardava para ela, mas sabia que tentaria ao máximo ir embora.


Era o que Anne pensava, até que se lembrou daquele homem estranho que a observava do outro lado da rua, foi então que ela voltou toda a atenção dela para ele.Agora ele se movia, parecia não ter notado aqueles seres incríveis que traziam algo a tudo.Então a alegria deixou seu corpo, e só no que conseguia pensar era desespero, ele era rápido, ela não tinha tempo de fugir.


Mesmo assim correu como se estivesse voando, e ele vinha atrás dela como se estivesse voando, ela sentia que tudo acabava ali, todos os sonhos.Toda a felicidade momentânea  havia passado.Sabia que era o fim.Foi então que sentiu em seu peito, a lâmina quente e fria daquele punhal negro e vermelho, não sabia se o vermelho era do sangue que transbordava por aquele buraco em seu corpo.


E a única coisa que Anne escutou daquele homem, que falava suavemente em seu ouvido, por suas costas, foi:
-E cada um terá seu fim no fim, não adianta fugir do fim, o fim sempre é o fim.E é pela lâmina desse punhal, pelo sangue nesse punhal, que o seu fim chegou.Sua liberdade finalmente está aqui."Viva como se fosse morrer, morra como se fosse viver".


E nas costas de Anne sua tatuagem queimava, parecia estar saindo de seu corpo, e na verdade estava.A tinta da tatuagem se misturava ao sangue de Anne, à lâmina do punhal.E foi assim, como em mágica, que a vida saiu do corpo de Anne.Mas algo aconteceu, seu fim chegou, mas na forma de uma águia ela se foi.As asas estavam ai para guiar Anne pela imensidão do sem fim, voando, para a montanha, Anne foi embora, como um pássaro, encontrou seu fim.


Finalmente Anne estava livre, agora suas asas a guiam, para onde?
Ninguém sabe.
Mas para o seu destino... E foi assim que Anne encontrou seu fim, seu destino... nas asas tatuadas com tinta, no sangue, na lâmina do punhal.E foi assim que ela foi embora, em paz, feliz talvez... e Anne se foi.

domingo, 20 de junho de 2010

Silverpool of Light


E aqui, antes do fim do mundo, histórias serão contadas.Vidas serão retratadas, antes que tudo chegue a um fim, pessoas viveram, seus mundo acabaram, mas viveram.Histórias se cruzarão.Em um ninheo de contos, um ninho de vidas você está prestes a entrar.Cada um tem seu mundo, cada um tem seu fim.